quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


(Vinícius de Moraes)

3 comentários:

Telma Moreira de Carvalho disse...

Olá Tarci, como está? espero q bem. Lindo soneto. Aproveitei também e peguei o selinho do Quem ama cuida! Legal saber notícias suas. Deus continue te abençoando. Abraços e shalom!

israel batista disse...

lindo soneto assim como vc abraços e beijos querida

Cida Kuntze disse...

Lindo Tarci o soneto e o seu significado.
Como é bom ter amigos.
Beijinhos.