Quando eu estava no ensino médio participei de um retiro de final de semana da igreja em que discutimos o tema de pureza sexual. Durante uma sessão o nosso pastor pediu a todos os estudantes que preenchessem anonimamente fichas que permitiriam que ele soubesse "quão longe" os adolescentes tinham ido fisicamente. Ele definiu uma escala para usarmos, determinando números para cada nível de intimidade física baseado na sua seriedade. As atividades iam de beijos leves no número um até relação sexual no número dez. O nosso pastor pediu que anotássemos número mais alto que havíamos alcançado.
Depois de colocar a minha ficha em uma cesta, saí em fila da sala de aula com dois amigos. Nunca me esquecerei da conversar que se seguiu. Um dos meus amigos olhou para o outro e disse piscando os olhos: "E ai cara, até que número você alcançou?"
Rindo, o meu outro amigo disse que havia alcançado um oito, quase um nove. Então esses caras continuaram nomeando as garotas no grupo de adolescentes com quem eles tinham atingido determinados números.
Meus dois amigos exemplificam como a nossa compreensão da pureza está obscurecida nos dias de hoje. Nós valorizamos a pureza muito pouco e a desejamos muito tarde. Mesmo quando tentamos declarar a sua importância, tornamos as nossas palavras sem valor por causa das nossas ações contraditórias.
Desejamos a pureza nos nossos relacionamentos? Nós dizemos que sim. Mas será que vivemos o tipo de vida que estimula esta pureza? Infelizmente, não com a frequência necessária. "Faz-me casto" orou Agostinho, "mas ainda não." Semelhante a ele, nós temos uma consciência que nos acusa, mas uma vida sem mudanças. Se fôssemos honestos conosco, muitos de nós admitiríamos que não estamos realmente interessados em nada relacionado com a pureza. Ao invés disso, ficamos satisfeitos ao cumprir os requisitos mínimos, contentes em gastar o nosso tempo em "áreas cinzas", flertando com a escuridão e nunca tendo coragem de nos aproximarmos da luz da retidão.
Como inúmeros cristãos, meus dois amigos insensatamente viam a pureza e a impureza separadas por um ponto fixo. Enquanto não cruzassem a linha e fossem "até o fim," eles acreditavam que ainda estavam puros. A verdadeira pureza, no entanto, é uma direção, uma busca persistente e determinada pela retidão. Esta direção começa no coração e a expressamos em um estilo de vida que foge das oportunidades de comprometer os nossos valores.
Joshua Harris - Eu disse adeus ao namoro
6 comentários:
Tremendo texto Tarci! Totalmente verdade! Que Deus nos ajude a lutar pela pureza mesmo que a nossa geração a considere como relíquia do passado!
Olá Tarci
Linda postagem, abraços.
Verdade Tarci Deus se preocupa com essa geração de escompromissados com o verdadeiro Evangelho!!
Outro texto maravilhoso Tarci!!!
Que Deus continue mostrando o quão precioso é estar na direção certa, na direção que o Senhor quer que estejamos, de acordo com a Sua Palavra.
Quer que sejamos puros de coração e atitudes.
Beijos querida e continue assim.
Isso mesmo Tarci! Os limpos de coração verão a Deus! Boa mensagem!
Muito interessante! Fico pensando... se a igreja investisse mais no ministério infantil, quem sabe a mente dos adolescentes pudesse ser diferente... quem sabe?
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